A seguinte passagem de Authority and Estrangement dá uma idéia clara dessa posição defendida por Moran:
Uma coisa errada com a idéia da autoridade da primeira pessoa como uma questão de concessões sociais é que ela fornece uma imagem erroneamente permissiva mesmo do contexto social. Pois não é o caso, no final das contas, que simplesmente permitimos que o que as pessoas dizem sobre seu estado mental corrente passe sem o benefício da evidência, e que estamos relutantes em desafiar o que elas dizem. Ao contrário, a acessibilidade especial de primeira pessoa aos estados mentais parece ser não apenas algo que nós concedemos às pessoas, mas algo que é uma expectativa racional normal que temos em relação a elas. Um exame da primeira pessoa deve explicar porque a necessidade de alguém confiar em evidência comportamental para expressar seu estado mental sugeriria algo errado com ele, algum estado de dissociação, e levantaria dúvidas sobre a racionalidade daquelas atitudes que não lhe são acessíveis no modo "imediato" normal. (p. 68)