
Extraído de: De Zengotita, "On
Wittgenstein's Remarks on
Frazer's Golden Bough",
Cultural Anthropology, V. 4 N. 4, (Nov. 1989), pp. 390-398.
Um dia, um jovem economista italiano com interesse em filosofia fez uma visita a Wittgenstein. A conversa esquentou. "Que me diz disso", o jovem indagou, raspando sua mão voltada para fora debaixo do queixo num gesto italiano característico de desacato, "que me diz disso? Isso é linguagem?" Por um momento o Mestre olhou para a mão do jovem. Seu olhar aos poucos se tornou introspectivo; [...] a mão sendo raspada era desacato. "Meu Deus", suspirou Wittgenstein, "eu estava errado". A lógica sublime que amarrava o mundo (além de toda "nebulosidade empírica", a "coisa mais dura que há", "o mais puro cristal") vergou como um fio de teia de aranha e se fundiu com o mundo vivido. (p. 392)
Gosto do tom da passagem, mas prefiro a versão que conta que a pergunta de
Piero Sraffa foi "E qual é a forma lógica disso?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário