O'Brien chama a atitude de um sujeito em relação a um conteúdo mental
P de "força". Exemplos de forças são: acreditar, pensar, entreter, julgar, questionar, duvidar, temer, desejar, querer, gostar, (d)esse
P. Ela restringirá sua análise ao que chama de forças "puramente cognitivas", as quais são classificadas nos seguintes grupos:
(i) Não-comprometidas [Non-committal] (atos de mero pensar): O pensamento que P pode ser entretido, apreendido, compreendido.
(ii) Assertóricas (atos de julgar): O pensamento que P pode ser julgado, negado, questionado, posto em dúvida.
(iii) Suposição (atos do suposição): O pensamento que P pode ser suposto, pressuposto, concebido, imaginado.
As forças cognitivas "assertóricas" de nossas atitudes serão o objeto central da análise subsequente. Uma característica central dessas forças é que elas envolvem um
compromisso do sujeito com o
valor de verdade de
P, i.e., com "
P ser verdadeiro, ou não ser verdadeiro, ou ser incerto [
unsettled], ou ser provavelmente não verdadeiro".
Dada essa análise, a questão (ii) expressa anteriormente na forma: "como eu sei que eu
Φ que
P?", pode ser reapresentada na forma: "como eu conheço a força assertórica de minhas atitudes?". Essa será a questão abordada na segunda seção do artigo.
Um comentário:
Há um artigo do Sven Bernecker sobre externalismo e conhecimento das próprias atitudes proposicionais.
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