Segue uma parafrase, quase citacao literal, de algumas afirmacoes de Quassim Cassam na introducao do livro editado por ele, Self-Knowledge (Oxford U.P, 1994):
Tradicionalmente tem sido sustentado que os conteudos de nossos estados mentais sao peculiarmente transparentes para nos. Isso pode levar `a tese do acesso privilegiado a esses conteudos, que por sua vez pode levar tambem `a tese da incorrigibilidade de enunciados em primeira pessoa no presente do indicativo (enunciados-pp) que os expressam.
Para Wittgenstein, a incorrigibilidade dos enunciados-pp poe em questao a priopria ideia de que o sujeito possa ter conhecimento desses estados --- pois soh faz sentido falar em conhecimento se faz sentido falar em duvida.
Isso convida a uma resposta inspirada em H. P. Grice, segundo a qual ha possibilidade de erro, mas que essa possibilidade eh implicada pragmaticamente pelas reivindicacoes (claims) ao conhecimento; nao se trata de uma condicao necessaria para a verdade literal de tais reivindicacoes. (p. 15).
Sempre me pareceu interessante aplicar as consideracoes griceanas nesse contexto, confrontando-as com essa tese wittgensteiniana. Fico feliz em saber que nao sou o unico que pensa assim. Mas essa tambem eh uma tarefa para o futuro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário